Com a aproximação da “Black Friday”, que deixou de se limitar a uma única sexta-feira de descontos em novembro e passou a se estender por todo o mês, a distribuidora brasileira de tecnologia Rcell colheu dados que mostram o otimismo entre os principais varejistas regionais de 13 estados do país e as estratégias para garantir os bons resultados. Os principais resultados apontam para uma expectativa no aumento no ticket médio e no volume total de vendas para o ano de 2024. Segundo a pesquisa, 70% dos varejistas entrevistados esperam um aumento em seu faturamento neste ano em comparação a 2023, ano que registrou a maior venda em unidades da história.
O estudo informa que, para 75% dos varejistas, o planejamento dos descontos da Black November inicia-se tempos antes. Os comerciantes se preparam para o aumento da demanda de seus produtos ao começar as negociações com seus fornecedores com dois meses de antecedência, a fim de garantir um estoque adequado. Além disso, as estratégias que mais adotam para engajar mais clientes e impulsionar as vendas são o uso de e-mail marketing, WhatsApp para comunicação e envio de promoções e telemarketing ativo.
73% dos respondentes têm priorizado a comunicação com o público, buscando informar os consumidores com clareza acerca dos tipos de produtos em oferta, informações sobre eles e condições de pagamento. Também há em cena investimentos em tecnologia para a melhora da navegação em sites e aplicativos de vendas e a adoção de melhoras com base no feedback dos clientes. Para o CMO da Rcell Alexandre Della Volpe Elias, a Black November deste ano é a oportunidade para que os varejistas brasileiros reforcem as suas marcas no mercado e garantam a confiança do cliente. “Essas preocupações mostram o esforço em criar uma experiência de compra cada vez mais alinhada às necessidades e desejos do público”, afirma.
A distribuidora também analisou o perfil dos consumidores no evento anual de promoções. 57% são mulheres de até 44 anos, consolidando o público feminino como decisor de compra. Os dados também englobam a escolha do público em relação aos tipos de varejo. 64% optam por varejos que oferecem os melhores preços, 28% pelos que contam com entrega grátis, 25% optam pela disponibilidade, 17% pelo parcelamento e 16% pela facilidade de comparar os produtos. Os principais motivos que incentivam os respondentes a comprar novos itens são a troca de produtos quebrados ou antigos e compra de produtos por recomendação.
De acordo com um segundo levantamento, desta vez da NielsenIQ GfK Brasil, a Black November de 2024 tende a seguir os altos números de faturamento de outros picos de vendas durante o ano, como o Saldão de Janeiro, a Semana do Consumidor e Dia das Mães. Um aspecto que se destaca é a influência do evento climático La Niña durante o ano, aumentando a procura por produtos como cafeteira, lava e seca, secador de cabelo e produtos relacionados à praticidade em dias frios. A categoria que também tende a manter um bom resultado é a de refrigeradores, com aumento de 15% na demanda.
Outro apontamento importante é a relevância e a eficiência do canal online para o varejo. Ao longo do ano, cerca de 25% das jornadas são totalmente físicas, mas, na Black November, a percentagem cai para 22%. 80% dos entrevistados afirmam que o ticket médio das compras que recebem varia de 500 reais a 1.500 reais e, para crescer esse número, os comerciantes apostam em veículos digitais como as redes sociais. Por isso, as promoções também são focadas em smartphones, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática.
O investimento em estratégias de marketing digital, juntamente com a atenção à experiência do cliente, destaca-se como um diferencial para os varejistas que buscam destaque nesse período competitivo. O CMO da Rcell reforça que, mesmo assim, ajustar as ofertas para o cenário de novas demandas dos consumidores se mostra ainda mais vantajoso para a maximização de vendas. Assim, a Black November se estabelece não apenas como um evento lucrativo, mas um evento alinhado às tendências emergentes. “A combinação entre as estratégias e a antecipação dos novos comportamentos de consumo pode garantir resultados muito mais expressivos”, comenta Elias.
Fonte: Veja