A duas semanas da Páscoa, o varejo reforça a venda dos produtos sazonais para além das parreiras, com maiores investimentos nos canais digitais. As restrições ao comércio, que em 2020 foram anunciadas próximo à data comemorativa, prepararam o mercado para uma crescente adesão ao e-commerce.
Com isso, este ano, a Cacau Show, por exemplo, já iniciou sua campanha de Páscoa tendo o digital como um dos pilares. A rede, que espera um incremento de 36% nas vendas, é acompanhada por empresas de diferentes setores na aposta em canais alternativos, como os shoppings Central Plaza e União de Osasco. Localizados no estado de São Paulo, os empreendimentos implementaram um drive-thru exclusivo para a retirada de chocolates comprados online.
Projeções positivas no varejo
O Carrefour percebeu que a procura por ovos está mais elevada em relação a 2020.
“Na Páscoa do ano passado, nossas ações haviam sido construídas para um modelo tradicional e do dia para a noite tivemos que rever todas as estratégias e dinâmicas. Para este ano, já estávamos mais preparados. Como esperamos que os consumidores antecipem suas compras para evitar aglomerações, apostamos na pré-Páscoa. Os consumidores que desejam comprar online podem escolher entre receber em casa ou retirar em alguma loja”, revela Marcos Poggiali Costa, diretor comercial de Mercearia do Carrefour, com exclusividade ao Jornal Giro News.
“Estamos apostando também na divulgação em mídias digitais já que, por conta da pandemia, não podemos fazer degustações ou abordagens aos clientes. Ao mesmo tempo, continuamos com o nosso modelo de parreiras dentro das lojas”, complementa.
Linhas regulares em destaque
Na rede Coop, a produção deve chegar a 20 mil unidades de bolo pascal de marca própria, com expectativa de elevar em até 7% as vendas de chocolates e ovos e em 10% a categoria de peixes.
“Devido ao cenário econômico, as linhas regulares ganham destaque. Além do perfil do consumidor, que já vem se consolidando no consumo de linha regular nos últimos anos, o elemento chocolate passou a ser mais forte na percepção do consumidor como atrativo de preço”, afirma a rede.
Segundo a Coop, devido a esse movimento, as indústrias têm buscado agregar valor aos produtos, investindo nos chamados “presenteáveis”. “Eles têm uma forte aderência ao consumidor e, com isso, diminuem a dependência da venda de ovos de Páscoa. Ainda em sazonais, as colombas têm apresentado um leve crescimento nos últimos anos e acreditamos que em 2021 não será diferente.”
Fonte: GiroNews