A edição de abril do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), já está disponível e mostra dados positivos para a economia brasileira, especialmente no setor do comércio varejista.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro de 2024 o comércio varejista atingiu um recorde de vendas, ultrapassando o pico anterior registrado em outubro de 2020. Ao comparar o primeiro bimestre de 2024 com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 6,1% nas vendas do setor. É importante ressaltar que o IBGE desconsidera atividades mais específicas, como vendas de veículos, motocicletas, peças automotivas, materiais de construção, e atacado de alimentos e bebidas, na segmentação de comércio varejista.
O setor de varejo ampliado, que abrange todas essas atividades, também apresentou um avanço nas vendas, com destaque para o segmento de veículos, que cresceu 14,1%. Dentre as 11 atividades comerciais monitoradas, apenas uma apresentou retração no primeiro bimestre de 2024. Esses números indicam um desempenho positivo do comércio varejista no início do ano, refletindo a melhora gradual da renda e a queda do desemprego ao longo do último ano.
No mercado de trabalho, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) indicam a criação de aproximadamente 475 mil vagas formais no primeiro bimestre de 2024, um número superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Em relação à inflação, houve uma desaceleração nos aumentos de preços, com o índice acumulado em 12 meses caindo para 3,9%, ficando abaixo do teto da meta de inflação. A taxa básica de juros também está em queda, com a taxa SELIC reduzida para 10,75% ao ano em março de 2024, após uma decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM).
Apesar de o COPOM ter considerado o corte nos juros apropriado, foram destacadas preocupações sobre a persistência de pressões inflacionárias globais e a importância de manter o controle das contas públicas. O ambiente de incerteza em relação ao cumprimento das metas fiscais e ao aumento da dívida do governo permanece, exigindo uma gestão cautelosa e vigilância.
Assim, o cenário atual exige uma abordagem cuidadosa para manter o crescimento sustentável, ao mesmo tempo que se lida com os desafios internos e externos que podem afetar a economia. Confira essas informações e muitas outras na edição de abril do Panorama do Comércio, relatório mensal com as principais informações do setor de Comércio e Serviços brasileiro.
Fonte: Varejo S.A